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Aleitamento como lema no Azevedo Lima

5 de agosto de 2016

Incentivar o aleitamento materno já é um lema no Hospital Estadual Azevedo Lima (HEAL), em Niterói, mas a partir de agora esse compromisso ganha uma dimensão maior. A unidade busca atender as exigências da Iniciativa Hospital Amigo da Criança, uma campanha internacional à qual o Brasil aderiu em 1992. Para conquistar a acreditação, é necessário seguir pelo menos dez passos estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef). As regras foram apresentadas em seminário realizado no Auditório, nesta quinta-feira (4), no principal evento da Semana Mundial do Aleitamento Materno no HEAL. Um “mamaço” na Maternidade, pouco tempo antes, também marcou a data.Candidatar-se ao título de Hospital Amigo da Criança não significa uma mudança radical na rotina e nos procedimentos adotados pelo HEAL para com as mães e os bebês que nascem na Maternidade. Programas e processos adotados na unidade procuram combater o desmame precoce e continuarão sendo adotados. A coordenadora de Enfermagem da Maternidade, Vanessa Oliveira, apresentou no seminário o Mamãe Nota 10, realizado por equipe multidisciplinar para passar orientações às pacientes. Elas aprendem a melhor posição para amamentar, qual é a importância do leite para a saúde do bebê e técnicas para o estímulo à produção do líquido, entre outros ensinamentos.  
O banho de ofurô é outro procedimento que tem trazido bons resultados tanto para a saúde dos bebês quanto para a adesão à amamentação. É que durante o relaxamento, profissional de fonoaudiologia faz uso da técnica da sucção não nutritiva, estimulando os movimentos bucais necessários para que ele sugue bem o leite. A fonoaudiologia também presta um serviço de grande utilidade para que alguns recém-nascidos rompam obstáculos e consigam ser amamentados perfeitamente. Através do teste da linguinha são detectados eventuais problemas que precisam ser corrigidos. A fonoaudióloga do HEAL Amanda Queiroz falou no evento dessa e de outras estratégias adotadas para aumentar o índice de prática do aleitamento. Aproximar a mãe do bebê e envolver a família no processo é fundamental, segundo ela, mesmo que em muitos casos os problemas psicológicos ou sociais dificultem esse entrosamento. “Tirando situações em que há restrições médicas, como o de mães soropositivas, o ideal é não fornecer a fórmula e estimular o aleitamento”, explicou Amanda.

A doutora Maria Conceição Monteiro se mostrou otimista em relação à acreditação do HEAL. Segundo ela, é necessário que colaboradores tanto da área assistencial quanto administrativa passem por capacitação. Na prática, mães e acompanhantes precisam ser bem orientados e informados sobre a importância do aleitamento e todos a quem esse público se dirige precisam estar apto para isso. Parto humanizado e priorizar o contato entre parturiente e bebê são outras exigências. O recomendável é que essa alimentação natural ocorra com exclusividade durante os seis primeiros meses de vida. “O aleitamento tem que ocorrer logo na primeira hora após o parto, mesmo que um exame ou procedimento tenha que ser um pouco postergado”, afirma Maria Conceição. O dr. Sérgio Arino, da Secretaria Municipal de Saúde de Niterói, defendeu em sua palestra o aleitamento como uma estratégia em favor da sustentabilidade e da segurança alimentar. Afinal, sua prática é quase gratuita, o que favorece a inclusão social. Por outro lado, evita-se o consumo de plásticos para mamadeiras, o consumo de combustíveis para o cozimento e o incentivo à agropecuária de extensão, que tem devastado florestas. “Estudos mostram que os bebês que amamentam apresentam mais facilidade para os estudos no futuro e até obtêm mais sucesso em suas carreiras profissionais”, ressaltou dr. Arino.Além de ser nutritivo, o leite materno fortalece as defesas das crianças contra doenças. O aleitamento também estreita os laços afetivos entre mãe e filho. Para celebrar esse ato, foi realizado um “mamaço” na manhã da quinta-feira (4) na Maternidade. Ao som de canções que abordam o amor, as mães conjuntamente deram de mamar. Célia Regina Santos aderiu e se emocionou muito. “Já era mãe, mas sempre é bom receber essas orientações para não haver nenhum problema”, disse Célia. Ter realizado toda essa programação no dia do aniversário de 71 anos do hospital foi uma feliz coincidência. “Não poderia haver presente melhor”, afirmou a coordenadora de Ensino e Pesquisa, dra. Verônica Acoforado, que participou da organização do seminário.

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