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Atendendo e apoiando pacientes em situação de violência

18 de abril de 2019

Profissionais do Serviço Social e da Psicologia representaram o Azevedo Lima no Seminário organizado pela Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro (SES), realizado na semana passada, sobre Pessoas em Situação de Violência: Qualificando o atendimento e aprimorando a notificação compulsória na rede estadual de saúde. O evento contou com a participação de equipes multiprofissionais representantes de todos os hospitais da SES, além de hospitais federais e UPAs. 
Para a Responsável Técnica da Psicologia do Azevedo, Ediléa Oliveira, os especialistas que participaram como palestrantes do evento buscaram ampliar o campo de visão dos presentes na questão da violência, que não deve ser vista apenas com o recorte do fragilizado, como mulheres, crianças e idosos, mas também a violência contra o homem, contra as pessoas em situação de rua, os que sofrem com o uso de substancias psicotrópicas, com a violência sexual, a auto violência e até a violência institucional. “A violência tem um grande impacto sobre a saúde”, garante.
A importância da notificação é muito grande. Para Cleide Cruz, Responsável Técnica do Serviço Social, que também esteve presente ao seminário da SES,
“a notificação compulsória de violências interpessoais e autoprovocadas no âmbito da saúde não é denúncia, mas sim um instrumento de garantia de direitos.  Após as etapas de acolhimento, atendimento e notificação, deve-se proceder ao seguimento na rede de proteção social, inclusive para geração de indicadores estatísticos e para o desenvolvimento de políticas públicas”. Cleide destaca, ainda, que o Azevedo Lima é referência 24 horas para atendimento a casos de violência. “A notificação da violência é compulsória e deve ser feita pelo primeiro profissional do hospital a atender a vítima, seja médico, enfermeiro, assistente social. O formulário está disponível no Sistema MV e a assinatura pode ser do próprio profissional ou da instituição, se ele preferir assim”.
Cleide e Ediléa chamam a atenção para a mudança no perfil das vítimas de violência atendidas no Azevedo Lima, que atualmente são predominantemente jovens e gestantes. Já as vitimas de violência auto provocada geralmente são pessoas mais velhas. As profissionais lembram a importância das equipes estarem atentas e preparadas para este atendimento, pois além de fazer parte da filosofia do Azevedo Lima e do ISG, as vítimas de violência têm a garantia do estado pelo acolhimento, pelo sigilo na escuta e pelo atendimento multiprofissional. “Não cabe ao profissional de saúde fazer julgamentos de qualquer natureza durante o atendimento ao paciente vítima de violência, mas sim acolher, tratar as feridas e notificar o fato”. Ediléa e Cleide finalizam lembrando que a notificação é o dispositivo que aciona um sistema de garantia de diretos e a saúde é o grande agente dessa articulação. 
Ediléa e Cleide

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