Azevedo Lima: cuidando do corpo e da alma!

27 de novembro de 2018
O Azevedo Lima tem prestado um grande serviço à saúde pública no nosso estado na notificação de atendimento a vítimas de violência autoprovocada (tentativa de suicídio). Este mês, representantes do serviço de psicologia do hospital estiveram no seminário promovido pela Secretaria de Estado de saúde sobre o tema, onde foi apresentada uma avaliação dos questionários de atendimento e o fluxo de registros no sistema. A região metropolitana II, da qual o Azevedo Lima faz parte, foi a que mais notificou. Como o hospital possui a maior emergência de portas abertas da região, fica evidente o quanto as equipes contribuíram, notificando corretamente cada caso atendido. Para se ter uma ideia da importância desta notificação, é com base nela que o estado toma decisões para melhorias na saúde pública.
A coordenadora de psicologia do Azevedo Lima, Ediléia Oliveira, ressalta a importância do comprometimento da equipe multiprofissional ao preencher a ficha de notificação SINAN e enviá-la dentro de 24 horas ao Núcleo de Vigilância Hospitalar (NVH), mesmo que muitas vezes “tenham dificuldades para compreender as diversas questões apresentadas em uma tentativa de suicídio, já que o nosso fazer profissional está em salvar vidas”.
Para atingir os bons resultados, o Azevedo Lima mantém um trabalho constante de atualização dos profissionais, por meio de simpósios, treinamentos e cursos de reciclagem.
Quando um paciente vítima de auto violência chega ao Azevedo Lima, recebe tanto o atendimento médico quanto o psicológico, mediante entrevistas com ele e com os familiares. “O paciente sempre sai encaminhado para um serviço psicológico ou psiquiátrico”, explica a psicóloga Andréa Neiva. O aumento nos casos de violência autoprovocada tem sido observado em todas as idades e classes sociais, segundo as psicólogas do Azevedo Lima. No período entre junho/2017 e julho/2018, o hospital realizou 77 atendimentos. O que se verifica nos relatos destes pacientes são, principalmente, situações de depressão e isolamento agravadas ainda mais em épocas onde deveriam ser realizadas reuniões familiares, como o Natal.
“Falar é a melhor solução. Suicídio é uma questão de saúde pública e é possível preveni-la com informação e conhecimento. É preciso reconhecer os sinais, ouvir a pessoa sem julgamentos ou preconceitos e ter acesso a formas de apoio. Quando nossos desejos e planos não se concretizam, podemos sentir várias emoções. E quando o sofrimento e a dor se tornam insuportáveis, pesar no suicídio pode ser um meio de se livrar da dor, que precisa ser expressa e não sufocada. A equipe de psicologia oferece espaço para acolhimento e escuta qualificada”, finalizam Andrea e Ediléia.
Parabéns, equipes assistenciais! Vocês são muito importantes para os pacientes e para todos nós do Azevedo Lima.
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