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HEAL PARTICIPA DE PESQUISA SOBRE ZIKA

5 de setembro de 2016

A proximidade do verão eleva a preocupação com doenças veiculadas ao mosquito Aedes Aegypti, como a zika. O Hospital Estadual Azevedo Lima (HEAL), em Niterói, mantem-se em estado de alerta para um eventual aumento do número de casos por conta dos fatores que facilitam a doença. Diversas evidências científicas vêm concluindo que o zica vírus está associado não só à microcefalia, mas também a outras doenças do sistema nervoso. O espectro e a magnitude destas doenças permanecem incertos. Em Niterói, em resposta a esta questão, pesquisas clínicas já vêm sendo formuladas e aprovadas em parceria entre unidades de saúde, maternidades do município e a Universidade Federal Fluminense (UFF). A pesquisa entitulada “Seguimento clínico de crianças com microcefalia e/ou nascidas de gestantes com exantema” objetiva avaliar os desfechos clínicos produzidos em gestantes que tiveram infecção pelo zica vírus durante a gestação. Segundo a professora Claudete Araújo, da UFF, “é provável que a microcefalia seja apenas a “ponta do iceberg” e que os recém-nascidos “normais” das mães infectadas durante a gravidez possam apresentar transtornos cognitivos e déficits do desenvolvimento nos primeiros anos de vida”. A Maternidade do HEAL segue o protocolo do Ministério da Saúde que recomenda a aplicação do teste de zika para grávidas que relatarem sintomas da doença, principalmente o exantema (erupções vermelhas na pele) durante a gravidez, tendo em vista as consequências que podem ocorrer para a saúde de seus filhos. Todos os recém-nascidos em que de detecte ou suspeite de infecção congênita por zica serão acompanhados por equipe multiprofissional no HUAP, por período de até cinco anos.“No Hospital Antônio Pedro esses bebês serão avaliados por uma equipe multiprofissional. Se ficar constatado que não houve dano, ele recebe alta. Caso contrário, eles continuam sendo atendidos e acompanhados por cinco anos”, explica a coordenadora da UTI Neonatal, Dra. Cristine Delgado. Uma das consequências nefastas da doença é a microcefalia, mas alguns males causados ao sistema neurológico como um todo ainda estão sendo estudados. Uma pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo (USP), divulgada recentemente pela revista médica americana “New England Journal of Medicine”, mostra que o vírus continua danificando o cérebro do bebê durante semanas após o parto. “Ficamos muito satisfeitos aqui no HEAL ao contribuirmos com uma pesquisa dessa magnitude. Ao mesmo tempo, é indiscutivelmente importante termos a certeza de que esses bebês vão sair da unidade com uma garantia de acompanhamento clínico com uma equipe competente, utilizando os recursos diagnósticos necessários”, afirma a coordenadora de Ensino e Pesquisa do Azevedo Lima, Dra. Verônica Alcoforado.

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