Olimpíadas do HEAL estimulam superação entre pacientes

29 de setembro de 2016
Aproveitando o clima das Olimpíadas e Paralimpíadas, realizadas no Rio nos meses de agosto e setembro, o Hospital Estadual Azevedo Lima, em Niterói, também levou seus pacientes ao pódio. Foram realizadas nesta quarta-feira (28) as olimpíadas do hospital com a participação dos enfermos da Unidade de Internação. As competições não tinham o mesmo grau de dificuldade de uma maratona, por exemplo, mas para quem está em processo de recuperação significaram um grande passo de superação.
O pastor e juiz de paz Eloi Magalhães da Silva, de 67 anos, ganhou três medalhas. Numa das competições que participou, precisava acertar um bambolê num cone. Com o incentivo da torcida formada por outros pacientes e por colaboradores da unidade, conseguiu acertar várias vezes. “Sofri um infarto há três semanas e agora estou bem melhor. Não esperava encontrar esse tipo de atividade no hospital. Fiquei ainda mais animado”, conta o paciente.
As olimpíadas do hospital foram abertas oficialmente pela diretora geral, dra. Gisela Motta, e pelo diretor técnico, dr. Márcio Huthmacher, com direito ao Hina Nacional. Incentivar atividades de terapia ocupacional durante o período de internação para evitar justamente a ociosidade já é uma orientação presente em vários programas implementados no HEAL. Para esse evento, foram elaboradas tarefas compatíveis com suas limitações físicas, mas com um caráter lúdico maior.
“Os participantes tiveram que ser antes liberados pelo médico responsável. Mas, além de criar um clima mais alegre para todos, o objetivo era fazer com que eles pudessem desempenhar tarefas em que exercitassem movimento, capacidade de coordenação e de cognição”, explicou o coordenador de Reabilitação do HEAL, Renato Tavares.
Os pacientes em condições físicas mais limitadas não puderam participar de todas as competições, mas não ficaram de fora. Eles tinham que acertar pequenas argolas em garrafas de plástico distribuídas num tabuleiro. Arilson Vieira da Cunha, de 46 anos, conseguiu acertar, mesmo com os braços enfaixados depois de um acidente. “Participar de um jogo desses levanta nosso astral. Gostei muito”, comentou ele.
Os pacientes receberam medalhas e kits com brindes. As premiações foram entregues pelo enfermeiro Maximiniano Martins, coordenador da CIHDOTT, que participou do revezamento da tocha olímpica no trajeto por Niterói. “Foi uma ação multidisciplinar, que envolveu as equipes de Reabilitação e de Terapia Ocupacional e acredito que o resultado foi bem positivo. Se levarmos em conta o momento pelo qual os pacientes estão passando, os avanços foram brilhantes. Eles venceram limites, puderam interagir, viveram alegrias, apesar de estarem num hospital”, afirmou a responsável pela Gerência Assitencial do HEAL, Liana Guterres.
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