Prematuridade: Precisamos falar sobre o assunto

19 de novembro de 2020
Por Olenka Lasevitch
No dia 17 de novembro, quando se homenageia mundialmente o Dia da Prematuridade, também conhecido como Novembro Roxo, o Azevedo Lima organizou uma série de atividades para discutir as questões que levam ao parto antecipado. Em 2020, devido à pandemia do Coronavírus, não houve a presença física dos pais, que puderam participar por depoimentos em vídeo. Participaram ativamente as equipes envolvidas no trabalho da UTI Neo, como o pessoal da enfermagem, médicos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais e psicólogos.
Foi organizada uma tarde de palestras ministradas pelos próprios profissionais do Hospital, abordando temas como ‘Métodos Humanizados na Neonatal e Indicadores’, ‘Dinâmica dos Sentidos’ e ‘Considerações sobre Palivizumabe’ (medicamento para prevenir doenças causadas por infecções respiratórias). Durante o evento, a enfermeira Kleide Fernandes emocionou a todos com o seu relato de experiência como mãe de um bebê prematuro, o que a motivou a trabalhar com os bebês que nascem antes do tempo.
Além das palestras, foi organizada uma dinâmica dos sentidos por meio da qual foram simulados os estímulos pelos quais os prematuros passam. Também houve um lanche para os participantes e brindes como bloco e caneta para as anotações, um lacinho roxo em homenagem à data e um frasco de álcool gel.
Durante as duas primeiras semanas do mês, a fachada do Azevedo Lima foi iluminada de roxo.
Segundo a coordenadora de enfermagem da UTI Neonatal, Patrícia Azevedo, o evento foi totalmente voltado para a atualização, sensibilização e conhecimento dos profissionais. ‘Os prematuros são seres que não são vistos na comunidade, o que dá pouca visibilidade à situação. Contudo, dados do Ministério da Saúde dão conta de que 11,7% dos partos realizados no Brasil são prematuros, sendo essa a primeira causa de mortalidade infantil em todo o mundo. Então, precisamos conversar sobre o assunto, expor as vivências e principalmente, prevenir para que isso não aconteça. É por isso que temos que promover ações para que toda a população saiba e para que a equipe esteja cada vez mais capacitada a atender estes pacientes’.
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