Em tratamento da Covid-19, paciente se emociona ao conhecer o mar no solário do HRLN

Promover saúde com humanização é um dos valores do Instituto Sócrates Guanaes, que administra o Hospital Regional do Litoral Norte

Por Thaís Almeida

Ver o mar pela primeira vez é um momento especial para muitas pessoas. E com dona Maria Aparecida Ortega, de 69 anos, não foi diferente. Internada em tratamento da Covid-19 no Hospital Regional do Litoral Norte (HRLN), a idosa, moradora de Tremembé, conheceu o mar do solário da unidade de saúde na tarde desta quinta-feira, dia 02 – acompanhada da fisioterapeuta Débora Darlem e da técnica de enfermagem Cristiane Raimundo de Souza.

“Eu sonhava outra coisa, uma coisa diferente. Mas é melhor! Eu já tinha visto o mar pela televisão, mas agora posso garantir o que eu vi, que é maravilhoso! Essas meninas são muito carinhosas, todos aqui me tratam muito bem”, agradeceu a idosa que está internada na Clínica Médica do HRLN há 17 dias.

A iniciativa de proporcionar este momento para a paciente surgiu da técnica de enfermagem Cristiane. “Perguntei se ela já tinha visto o mar, e ela me contou que não. Aí tive essa ideia e já combinei com a fisioterapeuta de fazermos essa ação. A melhora deles com esse tipo de iniciativa é gigantesca, percebemos que melhora até na saturação dos pacientes esses gestos”, comentou a profissional.

O solário do HRLN, é uma parte externa que fica no quinto andar, cercada por vidro, que permite contemplar o horizonte de Caraguatatuba, com vista para o mar. Na unidade há dois solários, ambos são utilizados para realizar ações de humanização com os pacientes e também exercícios para superação de delirium (estágio em que o paciente pode apresentar confusão, e ter dificuldades em reconhecer se é dia ou noite).

“Sempre trazemos pacientes da UTI para o solário. A dona Maria está na Internação, então não trouxemos para atividades relacionada a delirium (o que é mais comum para pacientes da UTI), mas mais para uma ação de humanização. Nesse tipo de iniciativa o que mais ajuda é o fato do paciente ver outro cenário, não só o ambiente hospitalar. Nós aqui no HRLN tentamos sempre introduzir essas iniciativas, colocamos música, fazemos circuitos de caminhada, etc. Tudo para criar vínculo, ajudar eles a aderirem melhor a terapia, fazê-los perceber quando é dia, quando é noite…enfim, tudo complementando com atividades motoras”, concluiu a fisioterapeuta Débora Darlem.

Segundo a equipe assistencial do HRLN, dona Maria em breve terá outro motivo para comemorar, desta vez será a superação completa da Covid-19, já que nesta mesma semana ela deverá receber alta médica.