Fisioterapia com prancha ortostática melhora reabilitação de pacientes imobilizados no HRR

5 de junho de 2019
HRR investe em técnicas para garantir atendimento humanizado e eficaz aos pacientes
Por Mônica Bockor
Pacientes restritos ao leito podem perder mais de 1,5kg de massa muscular esquelética por dia e até 50% da massa muscular total em duas semanas, além de sofrer alterações nos sistemas cardiovascular, renal, psicológico, gastrointestinal, nervoso e respiratório. Por isso a fisioterapia em pacientes acamados é tão importante para garantir a eficácia dos tratamentos e melhorar a qualidade da recuperação. No Hospital Regional de Registro, a fisioterapia ganhou um forte aliado: a prancha ortostática.
Desde março, quando a técnica passou a ser utilizada, nove pacientes foram beneficiados com os procedimentos. A prancha ortostática é utilizada principalmente na UTI, onde há maior número de pacientes imobilizados e sob ventilação mecânica. “Para que o paciente saia da UTI com melhor funcionalidade e qualidade de vida, iniciamos de forma precoce uma série de exercícios terapêuticos progressivos, entre eles o ortostatismo, que pode ser adotado de forma passiva ou ativa”, revela a fisioterapeuta do HRR, Michele de Morais Rodrigues Sousa.
A prancha ortostática é uma maca que se inclina gradativamente até atingir a posição vertical com auxílio de uma manivela ou controle elétrico. “Quando o paciente fica em pé, são enviadas informações ao sistema nervoso e o corpo é alinhado biomecanicamente, ocorrendo o alongamento e fortalecimento de grupos musculares, evitando deformidades em membros inferiores (pernas) e proporcionando funcionalidade para os membros superiores (braços)”, explica Michele.
O uso da prancha ortostática proporciona ainda diversas vantagens fisiológicas importantes, pois promove aumento dos volumes pulmonares, melhora a expansibilidade torácica e a elasticidade pulmonar, traz benefícios hemodinâmicos e cardiorrespiratórios, além de promover melhora do nível de consciência e maior controle autonômico com ganho de força, prevenção de atrofia muscular, úlceras de pressão e facilitação do desmame ventilatório (retirada gradual do ventilador mecânico).
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