Equipe de T.O do HDT cria crachá adaptado para aproximar o profissional dos pacientes

Escondidos por trás dosequipamentos de proteção individual (EPIs), os profissionais da TerapiaOcupacional (T.O) do Hospital Estadual de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad(HDT), gerido pelo Instituto Sócrates Guanaes (ISG), adotaram, desde a últimaterça-feira (11), uma medida para humanizar ainda mais o atendimento aospacientes internados na unidade em meio à pandemia do novo coronavírus. Aequipe passou a se identificar com um crachá maior, enquanto estãoparamentados, para facilitar o reconhecimento.

A iniciativa tem comoobjetivo mostrar o rosto de quem está por trás dos EPI’s. O crachá contém umafoto do profissional sorrindo, nome, e sua profissão. A terapeuta ocupacionaldo HDT, Marilda Polonio explica que o crachá adaptado é um recurso terapêuticopara facilitar que o paciente em isolamento ou com rebaixamento do nível deconsciência consiga reconhecer quem está lhe prestando assistência. “Devido àparamentação ficamos todos irreconhecíveis. Com o crachá adaptado facilitarápara o paciente nos identificar. A foto tem um significado e, consegueexpressar ou transmitir nosso carinho e alegria, ampliando assim o vínculonesse período de tratamento hospitalar”, disse a terapeuta.

A terapeuta ocupacional, Jackelinedo Vale, complementa que a ação visa à promoção da comunicação visual entreterapeuta, paciente, acompanhante e equipe, ofertando conforto, acolhimento econtribuindo assim na humanização do cuidado hospitalar. “Por trás de todaparamentação e, do distanciamento social imposto especialmente frente àCovid-19, está um ser humano cuidando de outro ser humano. Essa foi a maneiraque encontramos de nos aproximar, acolher e continuar criando laços”.

A acompanhante EdivâniaPereira Dias, mãe de um paciente internado há 46 dias na unidade, emacompanhamento da Terapia Ocupacional devido a limitações motoras e cognitivasque restringem a sua participação nas atividades básicas de vida diária,elogiou a iniciativa. “Estou muito satisfeita com o trabalho da equipe deterapeutas ocupacionais do hospital. Mesmo lentamente, tenho percebido umamelhora na recuperação do meu filho, e poder reconhecer quem está nosauxiliando é muito melhor, sou muito grata por cada profissional”.

Por: Igor Guimarães