HDT reforça conscientização sobre Hanseníase

30 de janeiro de 2018
No último domingo de janeiro é comemorado o Dia Nacional deCombate e Prevenção da Hanseníase. Conhecida antigamente como lepra, a hanseníase é uma doença infecciosa,contagiosa e que afeta primariamente a pele e nervos periféricos, o que faz comque tenha alto poder de causar incapacidades e deformidades físicas. É uma das doençasmais antigas assinaladas pela humanidade, com casos registrados há mais de 4000anos, na China, Egito e Índia. Se tratada, a Hanseníase tem cura.
Segundo a SociedadeBrasileira de Hansenologia (SBH), no Brasil, são registrados cerca de 30 milcasos por ano, incluindo adultos e crianças, o que o coloca o país no segundolugar com mais casos da doença, atrás somente da Índia. Em 2016, foram 25.048notificações da doença. Já em Goiás, em 2016, foram registrados 1.420 casos novos; e em 2017,1.217 casos (taxa de detecção 18,2/100,000 habitantes). No estado, 84% doscasos detectados foram curados, porcentagem considerada como regular de acordocom os parâmetros da Organização Mundial da Saúde.
Com o objetivo de chamara atenção da sociedade sobre a doença, o Hospital Estadualde Doenças Tropicais dr. Anuar Auad (HDT), unidade gerida pelo ISG em Goiânia, referênciano tratamento de doenças Infectocontagiosas e dermatológicas, apoia a causa eincentiva a prevenção e a busca rápida por assistência no caso de pacientes queapresentem os sintomas, que são, principalmente, manchas brancas ou avermelhadas na pele com perda desensibilidade. ”É importante procurar logo o médico, pois quanto mais cedo odiagnóstico e tratamento, mais cedo vem a cura e o paciente para de transmitira doença, fechando a cadeia de transmissão”, explica a dermatologista e coordenadora do Ambulatóriode Hanseníase do HDT, Mirian Lane Castilho.
A médica informa ainda quea transmissão da doença se dá pelas vias áreas superiores (tosse ou espirro),de uma pessoa doente sem tratamento, para outra, após um período de contatoprolongado. “O tempo entre contágio eaparecimento dos sintomas varia de dois a cinco anos. Embora tenha cura, a doença pode provocar gravesincapacidades físicas se o diagnóstico demorar ou se o tratamento forinadequado”, salienta a médica,que lembra que o tratamento para hanseníase é gratuito em todo o territórionacional, pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
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