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Hospital Regional do Litoral Norte: 70% dos pacientes entubados recebem alta e conseguem sair andando

17 de julho de 2020

Por Thaís Almeida

Após20 dias em ventilação mecânica, paciente vence a Covid-19 e sai andando do HRLN

Cerca de 70% dos pacientes queprecisaram de ventilação mecânica no tratamento da Covid-19, no HospitalRegional do Litoral Norte (HRLN), conseguiram se recuperar e muito mais do queisso, foram capazes de sair andando após a alta médica. O alto índice desuperação e recuperação foi comprovado mais uma vez nesta terça-feira, dia 14,quando o enfermeiro Juliano Carvalho, de 37 anos, recebeu alta e deixou oHospital caminhando até o carro da família.

“Opaciente Juliano ficou internado por 40 dias, desses mais de 20 contando comajuda de ventilação mecânica, na UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Por ficartantos dias acamado, perdeu muita força muscular, não conseguia ter equilíbrio.Mas desde que entrou aqui iniciamos o trabalho de fisioterapia, mesmo aindaentubado, já sentava e ficava em pé. Progredimos logo após fazendo testes demobilidade, marcha, simulação urbana (que é uma série de exercícios quepreparamos simulando as dificuldades encontradas na rua para saber como opaciente andaria e ter certeza da sua recuperação) e hoje ele está independentefuncional”, comemorou Jaqueline Mancuso, fisioterapeuta daUTI HLRN.

Atualmente, o trabalhorealizado pela fisioterapia, em conjunto com a equipe médica emultiprofissional do Hospital, visa, além da superação total da Covid-19 pelospacientes, a reinserção na vida cotidiana, com total habilidade psicomotorae clínica geral.

“Trabalhavana ala Covid em outra instituição de saúde da cidade, e quando comecei a sentiros sintomas fiz o tratamento em casa e não melhorei. Fui à UPA e depois medirecionaram para o HRLN. Foi assustador, sou enfermeiro, vejo isso acontecendocom paciente, mas jamais imaginaria que fosse acontecer comigo. Mas tive fé. Otrabalho com a fisioterapia foi muito difícil no começo, porque a Covid rouba asua força, eu não conseguia me comunicar, não conseguia fazer gestos, foram 21dias de cama, entubado, não sei o que aconteceu com o meu corpo. Mas, nãoconseguia escrever e fazer nada. Com a fisio dia após dia fui progredindo, ” comentouo enfermeiro Juliano.

Antes de sair do HRLN, Julianoainda falou sobre a dificuldade do isolamento e agradeceu o apoio de toda aequipe do Hospital. “A Covid-19 afasta,deixa a gente longe das pessoas, não podemos dar um abraço, dar um beijo. A genteé carente disso e não sabe. Por isso, foi muito importante poder fazer a videochamada e ver minha família. Agora, para os meus companheiros de trabalho, eunão tenho o que dizer, não tenho como explicar, não esperava essa atitudedeles, é muito amor. Esperava que um colega viesse e falasse que vai ficar tudobem, mas não dessa forma, foi diferente, foi fora do normal. A atitude delescomigo foi coisa de Deus. A única coisa que posso dizer para todos é: tenhamfé, calma e paciência – tanto para quem cuida quanto para quem é cuidado”, concluiuJuliano. 

OHospital 

Sob gestão do InstitutoSócrates Guanaes, o Hospital Regional do Litoral Norte foi construído pelaSecretaria de Estado da Saúde de São Paulo em parceria com o BancoInteramericano de Desenvolvimento para dar cobertura à quatro munícipios:Caraguatatuba, Ubatuba, São Sebastião e Ilhabela.  Inaugurado antecipadamente em março deste anodiante da pandemia do novo coronavírus, o Hospital está atualmente voltado paraatendimento de pacientes suspeitos ou diagnosticados com Covid-19.

Cerca de 79 pessoas já foramtratadas na instituição desde a sua inauguração, desse número, mais de 40estiveram entubadas. 

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