Dia do(a) Nutricionista destaca o trabalho desses profissionais dentro de uma unidade de saúdeAME São José dos Campos

12 de setembro de 2025
No dia 31 de agosto, o Brasil celebrou o Dia do(a) Nutricionista, data que marca a fundação da Associação Brasileira de Nutricionistas (ABN) em 1949, atualmente conhecida como Associação Brasileira de Nutrição (Asbran). Mais do que uma comemoração, a data representa o reconhecimento de profissionais que dedicam suas carreiras à promoção da saúde através da alimentação adequada e equilibrada.
Além das dietas: um olhar integral
Na saúde pública, os nutricionistas desempenham papel fundamental na implementação de políticas de alimentação e nutrição, além de promoverem segurança alimentar e nutricional em comunidades inteiras. No ambiente clínico, como explica a nutricionista do AME, Thaísa Soares de Oliveira Moreno, a maior parte da demanda envolve pessoas com doenças crônicas como diabetes, hipertensão e obesidade, além do acompanhamento especializado de gestantes de alto risco. “Cada atendimento é único porque cada um tem a sua história”, destaca a profissional, ressaltando que a escuta ativa é fundamental para compreender os hábitos alimentares dos pacientes e desenvolver planos alimentares que sejam ao mesmo tempo práticos e eficazes.
A arte da transformação
Para Thaísa, o trabalho vai muito além da prescrição nutricional: “O mais importante é ajudar as pessoas a mudarem seus hábitos e enxergarem como a alimentação pode transformar a qualidade de vida. Não é só passar uma dieta, mas mostrar que a nutrição faz parte do cuidado com a saúde e que pequenas mudanças já podem fazer uma grande diferença”.
Os desafios da profissão são constantes e exigem não apenas conhecimento técnico, mas uma dose generosa de humanidade. “O mais difícil é quando o paciente tem dificuldade em seguir as orientações, seja por falta de apoio, acesso limitado a alimentos saudáveis ou porque já tentou muitas vezes e perdeu a confiança. Nessas situações, é preciso ter muita empatia, paciência e criatividade para adaptar as recomendações e não deixar a pessoa desistir”, explica.
Quando a nutrição salva vidas
A profissional relembra um caso que marcou profundamente sua trajetória: uma gestante de alto risco cujo bebê havia sido diagnosticado com Restrição de Crescimento Intrauterino (RCIU). “Ela chegou muito aflita e assustada. Eu procurei acolhê-la, dar segurança e, juntas, construímos um plano alimentar dentro da realidade dela, com atenção especial às proteínas. A cada retorno era uma emoção, porque víamos o bebê ganhando peso e, no fim, ele saiu do quadro de risco”, relembra.
O desfecho do caso ilustra o impacto transformador do trabalho nutricional: “No último atendimento, ela me agradeceu de coração, e eu senti uma alegria enorme, porque percebi que realmente tinha feito diferença na vida dela e do bebê. Foi um momento que me fez sentir ainda mais certeza da minha missão”.
Um pilar da saúde pública
A importância da nutrição transcende o atendimento individual. Como enfatiza Thaisa, “a nutrição é um pilar fundamental, porque atua tanto na prevenção quanto no tratamento de doenças. Uma boa orientação pode evitar complicações, diminuir internações e melhorar muito a qualidade de vida. Além disso, traz mais saúde e bem-estar para as pessoas, e isso impacta até no funcionamento do sistema de saúde como um todo”.
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