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I Mesa Redonda da Qualidade Corporativa ISG: As melhores práticas ISG de segurança medicamentosa

3 de October de 2022

Avanços, conquistas, métodos e humanidades

Fechando as atividades em prol do Setembro Laranja, no dia 30/09 foi realizada uma mesa redonda online sobre “As melhores práticas ISG de segurança medicamentosa”, com a participação de profissionais de todas as unidades geridas e escritórios corporativos do Instituto.

Durante a abertura, o Diretor-Presidente do ISG, Dr. André Guanaes,  ressaltou que segurança envolve tudo. “Hoje, durante este evento, vamos falar de segurança medicamentosa, um fator de grande relevância para a questão da segurança do paciente e de cuidar e salvar vidas. Segurança é vida!”

O evento contou com relatos de caso, apresentações, vídeos, rotinas de cuidado e descrição de fluxos, feitos por profissionais das unidades hospitalares e AMEs.

Veja o que rolou:

HDT – Especializado em infectologia, o Hospital de Doenças Tropicais apresentou sua rotina de acompanhamento farmacoterapêutico com visitas beira leito e discussão com equipes multiprofissionais. Pacientes de todos os riscos são acompanhados pelos farmacêuticos que fazem intervenções baseados em documentos clínicos.

HRSJC – A Central de Misturas para as Medicações Intravenosas e participação dos farmacêuticos de forma mais participativa dentro do hospital no tratamento dos pacientes foi o foco da apresentação do Hospital Regional de São José dos Campos Dr. Rubens Savastano. Foram ressaltadas ainda as boas práticas da manipulação e RDCs referentes, além de estudos e fatores que podem influenciar no processo da manipulação e dosagem, como luminosidade, bancadas e domínio matemático, bem como os fatores de positividade relacionados à especialização da equipe que segue regras atualizadas para processo seguro.

HRR, HEAL e HRJR – A apresentação referente às boas práticas na administração de alta vigilância e psicotrópicos foi construída em parceria pelos Hospitais Regionais de Registro e Itanhaém e o Hospital Estadual Azevedo Lima. Foi destacada a prática segura em relação aos erros de medicação como uma das principais causas de danos evitáveis que, segundo a OMS, responde hoje por 50% dos danos que poderiam ser evitados aos pacientes. Foi ressaltado ainda que, segundo a Anvisa, o horário de aplicação dos fármacos é um dos erros mais prevalentes (64%) devido à inclusão de várias pessoas no processo de administração. A divisão dos domínios, portanto, deve ser uma ação estruturada dentro de uma estratégia centrada no cuidado ao paciente.

Principais desafios – Engajar as equipes na importância de notificar eventos adversos. Treinar e capacitá-las na aplicação prática do que está descrito nos procedimentos. Desenvolver atividades e atitudes de monitoramento e checagem através das práticas de segurança e estimular mudança de comportamento.

Questão comportamental – O Diretor Técnico do ISG, Dr. Marco Aurélio Pereira destacou a importância da questão comportamental em todas as dimensões da qualidade e da segurança. “O que fez do ser humano um ser social foi a comunicação. Se ela estiver prejudicada, por mais tecnologia que tenhamos ela vai falhar”.

Medicação sem Danos – Segundo a assessora de Apoio à Assistência Multidisciplinar, Planejamento e Projetos do ISG, Enfermeira Lívia Magalhães, o objetivo do evento  de promover discussões sobre boas práticas de segurança medicamentosa nas instituições foi alcançado e valorizado pelo apoio intenso e comprometido de todas as diretorias. “Não devemos cultivar a cultura de só valorizar e/ou evidenciar as falhas, precisamos dar ênfase às boas práticas, estar junto ao colaborador na busca de soluções mais seguras. Esse evento possibilitou que as unidades pudessem trocar suas experiências, contou com representantes diretos dos setores de Qualidade, Farmácia e Núcleo de Segurança do Paciente”.

Mesa redonda – principais destaques, segundo as moderadoras:

Professora Doutora Maria Silvia Vergílio (enfermeira doutora em Ciências da Saúde e especialista em Metodologia de Gestão para Educação à Distância). Com atuação na Rede Brasileira de Enfermagem de Segurança do Paciente, declarou-se encantada pelo trabalho desenvolvido pelas unidades do ISG. “Estão caminhando com maestria e o trabalho em rede é isso: Trocar informações e experiências. Destaco de forma geral dois pontos que me chamam mais a atenção, que são o comportamento e a cultura. É fundamental que toda instituição assuma a segurança do paciente”.

Professora Doutora Fernanda Raphael Escobar Gimenez (Titular da Comissão de Apoio às Ações de Vigilância Sanitária para a Segurança do Paciente em Serviços de Saúde do Ministério da Saúde e Anvisa).  “Precisamos levar mais para a sociedade e disseminar mais os avanços e conquistas na área de segurança do paciente. A questão da cultura é muito importante e precisa ser olhada com cuidado, pois ainda nos deparamos com culturas punitivas, mesmo diante dos avanços. A notificação é algo com a qual devemos aprender e não ter um caráter de punição. São reais oportunidades de aprendizado. A meta do terceiro desafio global é clara, mas como chegar até ela e avaliar o alcance dessa meta? Precisamos nos apropriar das ferramentas da atualidade e unir forças. Precisamos refletir sobre o nosso papel. Quando falamos de segurança do paciente temos que saber que ela não se aplica apenas a quem está dentro do hospital, mas a toda a atenção primária”.

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