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Combate à Tuberculose é tema de palestras no HDT

27 de março de 2019

Na manhã da última sexta-feira, 22 de março, o HospitalEstadual de Doenças Tropicais dr. Anuar Auad (HDT), unidade gerida pelo ISG emGoiânia, discutiu sobre a Tuberculose durante um evento promovido pelo NúcleoHospitalar de Vigilância Epidemiológica (NHVE) da unidade com o objetivo demarcar o Dia Mundial doCombate à Tuberculose, lembrado em 24 de março. O encontro contou com aparticipação de médicos, residentes de Infectologia e multiprofissionais, alémdos colaboradores do hospital.

O ciclo de palestras teve início com a ministração doinfectologista do HDT, João Alves, que explicou aos presentes sobre a infecçãolatente da Tuberculose. De acordo com ele, a maioria das pessoas infectadas nãoapresentam sintomas, o que indica que têm a infecção de forma latente. Aindaque a doença não tenha se manifestado, é preciso que esse paciente sejadiagnosticado e tratado da forma correta, sem abandono. O médico explicou asorientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e também do Ministério daSaúde (MS) e alertou: “Antes de realizar o tratamento à Tuberculose latente épreciso descartar a presença da doença”.

Para que os participantes pudessem ter conhecimento dopanorama atual da doença em Goiás, o enfermeiro e responsável pelo ProgramaEstadual de Controle de Tuberculose, Emílio Alves Miranda, forneceu dados doestado. Em 2018, foram notificados 970 novos casos da infecção, sendo que 44 setrataram do reaparecimento da doença e 21 em menores de 15 anos. “Essainformação sobre crianças infectadas é muito importante, pois significa que temum adulto por trás doente, sem tratamento, que passou a doença adiante”,analisou. Ainda segundo o enfermeiro, Goiás é o terceiro estado com menor taxade incidência, o quarto menor em mortalidade e o terceiro estado com maior taxade abandono.

Trazendo os dados ainda mais para a realidade dospresentes, o coordenador do NHVE do hospital, José Geraldo Gomes, passouinformações sobre os números do HDT. De 2013 a 2018, foram notificados 1217casos da doença no hospital, sendo que a incidência maior foi nos anos de 2013e 2017, ambos com 230 casos. Em 2018, o número foi de 177. O profissional aindaressaltou que, infelizmente, a taxa de abandono do tratamento dos pacientesainda é alta, chegando a uma média de 25%, sendo que a OMS indica que deveriaser menos do que 5%, uma vez que aqueles que abandonam podem voltar aapresentar a doença e contagiar demais pessoas. 

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