Comissão de Aleitamento do HRJR promove ações no mês dedicado à doação de leite humano

Por Agenilson Santana

Para sensibilizar sobre a importância da doação de leite humano, a Comissão de Aleitamento Materno do HRJR promoveu no mês de maio atividades alusivas ao tema, voltadas a colaboradores, puérperas e familiares.

O Dia Mundial da Doação de Leite Humano, comemorado em 19 de maio, contou com roda de conversa promovida pela equipe da Maternidade, no Alojamento Conjunto, explicando os benefícios da amamentação e esclarecendo as principais dúvidas das mamães e dos seus acompanhantes.

No dia 23 de maio, no Auditório, os colaboradores acompanharam palestras sobre os cuidados na coleta do leite materno doado e a importância da doação para salvar a vida dos bebês internados na UTI Neonatal.

A diretora técnica do HRJR, Dra. Keila Alves Franchin, abriu o evento e falou sobre a importância do aleitamento materno. “Tive o prazer de ser mãe e de amamentar, sei como é muito importante esse gesto, é o primeiro legado que deixamos para nossos filhos.”

Responsável pelo Banco de Leite Humano de Peruíbe, a pediatra e especialista em amamentação Dra. Ana Maria Calaça Prigenzi ministrou a palestra “Transformando Gotas de Vida em Ouro”.

Em seguida, a coordenadora médica da UTI Neonatal do HRJR, Dra. Marilene Kiskissian Martins, falou sobre a importância do Leite Humano Pasteurizado (LHP) na recuperação dos recém-nascidos e explicou o tema da campanha 2023 “Um pequeno gesto pode alimentar um sonho: doe leite materno”.

Em outra ação que envolveu os colaboradores, a gincana de arrecadação de potes de vidro com tampa de plástico, utilizados para armazenar o leite materno doado, mobilizou a todos e teve como vencedora a equipe da coordenação de enfermagem, com 100 unidades doadas.

Método Canguru

Como parte da programação organizada pela Comissão de Aleitamento Materno, os colaboradores participaram no dia 26 de maio, no Auditório, do curso de Sensibilização para o Método Canguru, que abordou as etapas um, dois e três.

Ministrado pela Dra. Marilene Kiskissian Martins e pela equipe do Núcleo Ampliado da Saúde da Família na Atenção Básica (Nasf-AB) de Praia Grande, o curso possibilitou reforçar entre os colaboradores dos diversos setores da unidade esse modelo de atenção humanizada e integral ao recém-nascido e sua família, que consiste no contato pele a pele entre o recém-nascido prematuro ou de baixo peso e seus pais, de maneira semelhante a um canguru carregando seu filhote na bolsa.

Durante o curso, a pediatra e coordenadora do Nasf, Kátia Mara Mendes Ferreira Santos, e a assistente social do Nasf, Jeane Bogsan, promoveram com os profissionais uma dinâmica de sensibilização, com o objetivo de mostrar como cada um na sua função pode contribuir para orientar e estimular o Método Canguru.

A prática do Método Canguru promove o vínculo afetivo entre pais e filho, além de fornecer calor, alimentação, proteção e estímulo sensorial, contribuindo para o desenvolvimento e recuperação do bebê prematuro. Pode ser realizada em três etapas:

Primeira fase

Quando o recém-nascido está impossibilitado de ficar junto à mãe e necessita de internação na unidade neonatal, inicia-se o contato direto pele a pele entre a mãe e o bebê, progredindo até a colocação do bebê sobre o tórax da mãe ou do pai.

Segunda fase

Na segunda, a saúde do recém-nascido está estabilizada e ele pode contar com o acompanhamento contínuo da mãe. A posição canguru é mantida pelo maior tempo possível, como se fosse um estágio para a alta hospitalar.

Terceira fase

Na terceira etapa, o bebê já recebeu alta hospitalar, mas ainda necessita de acompanhamento ambulatorial para avaliações de seu desenvolvimento físico e psicológico pela equipe multidisciplinar. Nesse período, o método também é aplicado continuamente.