Encontro discute futuro sustentável do setor hospitalarHRSJC

Por Danyelle Fuad

Na última quarta-feira (11), líderes do setor de saúde se reuniram no InterContinental São Paulo para o I Encontro pela Saúde Sustentável. Em um cenário onde as mudanças climáticas já impõem desafios diretos aos sistemas de saúde, o evento propôs mais que uma reflexão: buscou mobilizar lideranças para formar uma coalizão nacional voltada ao desenvolvimento sustentável.

Entre os participantes, o evento contou com a presença do superintendente hospitalar do Hospital Regional de São José dos Campos (HRSJC), Newton Quadros, que vem acompanhando de perto os movimentos nacionais em torno da sustentabilidade na saúde. Durante o encontro, trocou experiências com líderes estratégicos, entre eles Mara Machado, CEO do Instituto Qualisa de Gestão (IQG), sobre práticas que conciliem eficiência hospitalar e responsabilidade ambiental. “Não se trata mais de um diferencial, mas de uma exigência da realidade. Precisamos pensar a saúde de forma sistêmica, considerando os impactos ambientais e sociais das nossas práticas”, comenta Quadros.

O propósito vai ao encontro de uma urgência cada vez mais presente no cotidiano de hospitais e instituições de saúde. Ondas de calor mais frequentes, aumento de doenças transmitidas por vetores e riscos à infraestrutura hospitalar por eventos climáticos extremos são apenas alguns dos fatores que tornam o tema central — Saúde, Clima e Futuro — um ponto de ação e não apenas de debate.

O evento também marcou o lançamento da VÉRTEA – Academia de Educação para o Desenvolvimento Sustentável, e reforçou a importância do envolvimento de gestores públicos e privados na criação de metas mensuráveis para mitigação dos impactos ambientais.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), entre 2030 e 2050, as mudanças climáticas devem causar aproximadamente 250 mil mortes adicionais por ano, por desnutrição, malária, diarreia e estresse térmico. A conta chega mais rápido aos hospitais — e exige, desde já, mudanças nas formas de operar, consumir e planejar.

“Temos que deixar de pensar sustentabilidade apenas como consumo consciente de recursos. Trata-se de garantir que nossos filhos e netos tenham acesso à saúde — e à vida — em um planeta ainda habitável”, reforça Newton Quadros, sinalizando que está atento e disposto a contribuir com a transformação.