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Julho Amarelo: alerta sobre a importância da prevenção, conscientização e diagnóstico precoce das hepatites virais

Na foto, Geraldino de Oliveira, 58 anos, paciente atendido na unidade hospitalar.

26 de julho de 2023

Por Aline Santos

Ceap-Sol realiza ações focadas em prevenção e oferece, via Complexo Regulador Estadual (CRE), o tratamento para pessoas com infecção por hepatites A, B e C.

A campanha Julho Amarelo tem como foco alertar a população e as autoridades da área da saúde para a necessidade de vigilância, prevenção e controle das hepatites virais. A doença, na maioria das vezes, tem como causa os vírus A, B e C e é muitas vezes silenciosa, já que nem sempre apresenta sintomas. Apesar disso, as hepatites virais podem apresentar sinais como cansaço, febre, mal-estar, enjoo, vômitos, olhos amarelados, fezes claras, urina escura, dores abdominais e tonturas.

Neste mês de julho, a campanha chama a atenção para a importância da imunização contra a hepatite A e B. As vacinas são disponibilizadas gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e são altamente eficazes. Não existe vacina contra a hepatite C, mas existe tratamento e cura. Os medicamentos disponibilizados no SUS possibilitam a cura em mais de 95% dos casos e estão disponíveis para qualquer pessoa com a infecção pelo vírus.

As pessoas expostas a situações de risco, como relações sexuais desprotegidas, devem realizar a testagem em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) ou nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA).

Atendimento especial na área

No Ceap-Sol – Centro Estadual de Atenção Prolongada e Casa de Apoio Condomínio Solidariedade, unidade da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), gerida pelo ISG-Instituto Sócrates Guanaes, uma equipe multidisciplinar oferece atendimento aos pacientes, encaminhados via regulação, que tenham hepatites causadas por vírus. Neste julho Amarelo, o hospital está inserido na campanha com ações de alerta para a importância da prevenção e tratamento adequado da doença.

O aposentado Geraldino de Oliveira, 58 anos, reside em Pires do Rio (GO) e realiza acompanhamento no Ceap-Sol há quase duas décadas, desde que descobriu a doença. Ele faz acompanhamento em diversas especialidades, como infectologia, psicologia, fisioterapia, nutrição. “Me trato direitinho, recebo todo o carinho e cuidado da equipe, mas é importante que as pessoas se cuidem para depois não chorarem. Lave sempre as mãos e use preservativo”, finaliza.

A médica infectologista e Diretora Técnica do Ceap-Sol, Thais Safatle, explica que muitas pessoas com hepatite viral não sentem nada e podem ter o agravamento da doença, incluindo comprometimento do fígado. Em muitos casos pode ocorrer o desenvolvimento de câncer e até mesmo a necessidade de transplante deste órgão.

“É importante lembrar que a prevenção segue sendo a melhor aliada contra as hepatites virais. De forma contínua, orientamos dentro do Ceap-Sol os pacientes e profissionais acerca dos riscos destas doenças e sobre a importância da imunização. Além disso, assim como outras doenças infecciosas, as hepatites virais podem ser ocasionadas por relações sexuais desprotegidas. E, nos casos da hepatite B e C, existem estudos que indicam que elas impactam pacientes com HIV ou AIDS, aumentando as chances de desenvolvimento da forma crônica da doença”, alerta a médica.

Iniciativa para redução dos índices de transmissão vertical

A transmissão de hepatites virais e de outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) também pode ocorrer de forma vertical (de mãe para filho) durante a gestão, parto ou amamentação. Desta forma, a infectologista Thais Safatle reforça a importância do pré-natal para que todas as medidas de prevenção sejam realizadas e evite a transmissão de infecções da mãe para o bebê.

E, visando garantir um atendimento integral para as mães com hepatites virais e outras ISTs e assegurar a segurança das crianças, o Ceap-Sol estruturou uma parceria com o Hospital de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT), para realização de campanhas de arrecadação de fórmulas lácteas. Esses insumos são doados às mães que estão impossibilitadas de amamentarem devido ao risco de transmissão de infecções para seus filhos.

Número de casos

No Brasil, segundo o Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais de 2022, de 2000 a 2021, foram notificados 718.651 casos de hepatites virais no Brasil. Sendo, 168.175 (23,4%) casos de hepatite A, 264.640 (36,8%) de hepatite B, 279.872 (38,9%) de hepatite C e 4.259 (0,6%) de hepatite D. Em Goiás, segundo a SES, em 2020 e 2021 foram confirmados 1.365 casos de hepatite B e 717 de hepatite C. Agora em 2023, até o mês de junho, foram 225 casos confirmados de hepatite B e 182 da hepatite C.

 

 

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