Profissionais participam de palestras sobre captação de órgãos
31 de janeiro de 2024
Por Agenilson Santana
Para sensibilizar os profissionais e esclarecer dúvidas sobre o processo de doação de órgãos e protocolo de morte encefálica, o setor de Educação Permanente promoveu palestra no dia 16 de janeiro, no auditório do HRJR, ministrada pelos profissionais da Organização de Procura de Órgãos (OPO), entidade da Escola Paulista de Medicina ligada à Central Estadual de Transplantes.
Com o apoio da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos do HRJR (Cihdott), o evento contou com a participação de colaboradores dos diversos setores, que entenderam a relevância e a importância de conscientizar a sociedade sobre o processo e os protocolos de segurança.
A coordenadora de enfermagem da OPO, Vanessa Ayres Carneiro Gonçalves, falou da conscientização dos profissionais, tipos de doadores, estrutura, números de atendimento e listas de espera para transplantes. “O papel primordial das equipes que estão na linha de frente cuidando dos pacientes é identificar potenciais doadores e notificar”, ressaltou.
Em seguida, o diretor técnico de Saúde da OPO, enfermeiro Edvaldo Leal de Moraes, trouxe reflexões sobre o tema “Comunicação de Más Notícias”, mostrando como os profissionais podem contribuir com o atendimento humanizado, no qual a comunicação deve ser baseada na relação de ajuda, com respeito ao outro e sua história, coerência entre o que se fala e o ponto de vista não verbal e, principalmente, empatia. “Se eu não sentir compaixão pelas pessoas, não vou conseguir ajudar a mobilizar suas capacidades para enfrentar a perda diante da notícia da morte”, ressaltou.
Sobre doação de órgãos
Referência mundial na área, o Brasil possui o maior sistema público de transplantes do mundo. Segundo o Ministério da Saúde, mais de 60 mil pessoas estão na lista de espera por um órgão para transplante.
A doação de órgãos inclui uma série de processos e protocolos de segurança com a confirmação da morte encefálica, geralmente em casos de morte cerebral. O processo requer autorização familiar para doação, avaliação dos órgãos de modo a afastar doenças infecciosas, além da realização de exames de compatibilidade com prováveis receptores.
Na maioria das vezes, o transplante de órgãos pode ser a única esperança de vida ou a oportunidade de um recomeço para as pessoas que precisam da doação, por isso é fundamental conscientizar a população da importância do ato de doar, fomentar o diálogo e encorajar um número crescente de pessoas a serem doadoras.
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