Unidades ISG organizam ação em prol do Agosto Lilás
27 de agosto de 2021
A campanha Agosto Lilás é um movimento em prol da conscientização e combate à violência contra a mulher. Foi criada em 2016 para apoiar a Lei Maria da Penha que este ano completa 15 anos com foco no combate aos casos de violência doméstica no Brasil. Somente durante os meses de janeiro a julho de 2021, o Hospital Estadual Azevedo Lima, unidade ISG em Niterói (RJ), atendeu 97 casos de violência contra mulheres. Ao longo de 2020 este total foi de 153 atendimentos, o que demonstra aumento na média mensal que passou de 12,75 casos em 2020 para 13,35 casos em 2021. A unidade é “Protocolo Laranja” no atendimento a vítimas de violência, que visa ao atendimento imediato a este tipo de vítima, mantendo equipes qualificadas e capazes de garantir acolhimento humanizado e sigilo às vítimas.
O ambulatório médico de especialidades (AME), gerido pelo ISG em Pariquera-Açu (SP), também tem visto aumentar o número de atendimentos a mulheres vítimas de violência, sobretudo durante a pandemia. Por isso, aderiu à campanha Agosto Lilás e realizou uma série de rodas de conversa para debater o tema, conscientizar as mulheres sobre seus direitos e capacitar as equipes no atendimento a pacientes vítimas de violência. As rodas de conversa contaram com a participação da advogada e especialista no direito das famílias e em violência de gênero, Carla Arnoni, que apresentou estatísticas, dissertou sobre a Lei Maria da Penha e compartilhou experiências. Contaram também com os cabos Vivian Marins Ferraz e Clayton Batista André, da Patrulha da violência da Polícia Militar, que abordaram o papel e a rotina do serviço especializado em atender e acompanhar periodicamente os casos de violência doméstica.
A roda de conversa também foi adotada pelo Azevedo Lima, mas para atualização das equipes da Maternidade e Emergência acerca do “Protocolo Laranja”, legislação vigente e rede de proteção. Segundo a responsável técnica do Serviço Social, Cleide Cruz, o objetivo foi subsidiar os profissionais para identificar casos suspeitos ou confirmados e acolher uma mulher em situação de violência, além de encaminhar a vítima à rede de proteção e proceder à notificação compulsória, dando subsídios para elaboração de políticas públicas voltadas a este público. Já a responsável técnica do setor de Psicologia do Azevedo Lima, Ediléa Oliveira, afirma que todos os profissionais devem estar engajados no protocolo, sabendo acolher adequadamente a vítima e evitando mais sofrimentos.
Para denúncias de violência contra a mulher qualquer pessoa pode ligar, gratuitamente, para o número 180, que funciona 24 horas em todo o Brasil, incluindo sábados, domingos e feriados.
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