As mutações do novo coronavírus não tornam as vacinas menos eficazes
14 de abril de 2021
Por Olenka Lasevitch
As variantes do novo coronavirus (SARS-CoV-2) podem ser classificadas como: Variantes de Interesse, Variantes de preocupação e Variantes de Alta Consequência. Até o momento não há registro de variantes classificadas no nível de Consequência Alta, o que significa não haver evidências que possam sugerir uma redução significativa na eficácia das vacinas. Quem explica é a Dra. Glaucia Vespa, Pesquisadora e PHD em Imunologia, Microbiologia e Parasitologia que, durante Sessão Científica promovida pelo ISG no dia 13 de abril, abordou amplamente o tema.
Segundo a pesquisadora, as mutações são frequentes e esperadas em qualquer vírus, mas em relação ao novo coronavírus é preciso destacar antes o triunfo da medicina no desenvolvimento de diversas vacinas eficazes e seguras em um espaço de tempo curto, que já são utilizadas em todo o mundo.
As vacinas induzem uma resposta imunológica, composta por um coquetel de anticorpos e outros componentes do sistema imune, potencialmente capazes de promover a proteção para as variantes. ‘Nenhuma vacina é 100% eficaz, sobretudo em um momento pandêmico, como o que estamos vivenciando, por isso vários casos de contaminação em pessoas que foram vacinadas poderão ocorrer. A alta cobertura vacinal é fundamental tanto para a proteção direta da pessoa imunizada quanto para a proteção coletiva indireta, contribuindo para reduzir drasticamente o número de casos da doença e o surgimento de novas variantes, explica Dra. Glaucia.
‘A percepção entre o risco e o benefício da vacinação, diante do risco de se adquirir a covid-19 e suas consequência é muito importante, uma vez que sem vacinação é uma questão de tempo até que todos sejamos infectados. Vacinas são medicamentos profiláticos, seguros e eficazes. A vacina pode significar que uma pessoa que iria adoecer não adoeça mais e uma pessoa que iria morrer não morra mais. Portanto, vacinem-se e promovam ações de isolamento, máscara e higienização’, finaliza.
Sessões Científicas do ISG já promoveram 22 encontros online
Desde que foram implementadas as Sessões Científicas Prof. Luiz Venere Décourt o ISG já promoveu 22 encontros online entre especialistas de temas em evidência, profissionais das unidades geridas e público em geral. Os encontros são gratuitos, duram em média uma hora e acontecem semanalmente, sempre às terças-feiras a partir do meio dia pelo Zoom. Entre alguns dos temas abordados já estiveram: ‘A interface entre os estudos clínicos e a prática médica’, ‘Bioengenharia’ e ‘Panorama do Transplante de Fígado no Brasil’. Os encontros são previamente divulgados nas redes do ISG e por e-mail marketing. O próximo terá como tema os ‘Destaques das Diretrizes de RCP 2020’.
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