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Janeiro roxo: HDT reforça as ações de mobilização e conscientização sobre Hanseníase

27 de janeiro de 2022

Por Igor Guimarães

O Hospital Estadual de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT), unidade gerida pelo Instituto Sócrates Guanaes (ISG) tem promovido uma série de ações em alusão ao janeiro roxo – campanha nacional de combate à hanseníase.

Além de decoração no ambulatório da unidade com as cores temas da campanha, uma equipe formada por residentes distribuiu aos colaboradores, pacientes e acompanhantes, uma série de informativos que tratam dos aspectos gerais da hanseníase, dando detalhes acerca da doença, suas causas e principais formas de prevenção.

Segundo a dermatologista da unidade, Dra. Mayra Ianhez, a hanseníase ainda pode ser considerada uma doenças estigmatizada.

“A intenção em debater o tema e aderir à campanha ‘janeiro roxo’ é de enfatizar sobre estigma e discriminação da doença, sobre o diagnóstico precoce e o tratamento oportuno como forma de eliminar fontes de infecção e interromper a cadeia de transmissão da doença. A abordagem frente à avaliação de incapacidade física é outro ponto fundamental, já que a hanseníase tem alto poder de causar incapacidades e deformidades físicas, que são um dos principais responsáveis pelo estigma e discriminação às pessoas que têm ou tiveram a doença”.

Dra. Mayra Ianhez ainda complementa que o HDT tem sido uma das unidades pioneiras em Goiás no desenvolvimento de pesquisas sobre a doença.

“O Brasil ocupa o segundo lugar na relação de países com maior número de casos de hanseníase no mundo, atrás apenas da Índia, e o centro-oeste é responsável por grande parte desses casos. Partindo dessa ótica, o HDT tem feito sua parte desenvolvendo várias pesquisas que nos dão novas perspectivas de tratamento das reações hansênicas”, finalizou a médica.

Para a diretora técnica do HDT, Dra. Karine Borges de Medeiros, ações como essa têm como foco a mobilização da sociedade e dos profissionais de saúde no combate a doenças consideradas endêmicas.

“A hanseníase é considerada uma doença endêmica – se manifesta com frequência em determinada região, mas tem um número de casos esperado – e, portanto, é necessário alertar a população sobre sinais e sintomas da doença, estimular a procura pelos serviços de saúde e mobilizar profissionais de saúde na busca ativa de casos, favorecendo assim, o diagnóstico precoce, o tratamento oportuno e a prevenção das incapacidades”, ponderou a diretora.

Sobre a Hanseníase

A hanseníase é uma das doenças mais antigas da humanidade, atinge pele e nervos, e quando não tratada pode causar incapacidades físicas e deformidades. A doença acomete pessoas de qualquer sexo e idade. A transmissão se dá por meio de vias aéreas respiratórias (pelo ar), através do convívio prolongado com paciente sem o tratamento.

Principais sinais e sintomas são: lesões ou manchas na pele (esbranquiçadas, acastanhadas ou avermelhadas) com alteração da sensibilidade térmica (ao calor e frio) e/ou dolorosa (à dor) e/ou tátil (ao tato); formigamentos, choques e câimbras nos braços e pernas, que evoluem para dormência (a pessoa se queima ou se machuca sem perceber); áreas com diminuição dos pelos e do suor; diminuição e/ou ausência da força muscular na face, mãos e pés; edema de mãos e pés com arroxeamento dos dedos e ressecamento da pele.

 

 

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